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Foto do escritorSeptem Capulus

Audiência de conciliação: o que é e como funciona?

Se você escolheu advogar, as audiências serão muito presentes no seu dia a dia. Hoje, vamos falar com detalhes sobre uma delas: a audiência de conciliação.


O que é, como funciona, e o que acontece depois dela? A #SeptemExplica:




Aperto de mãos entre dois homens, com homem de terno atrás



ÍNDICE







O que é uma audiência de conciliação


Uma audiência de conciliação é um procedimento judicial que visa resolver um conflito entre partes de forma amigável e consensual, evitando a necessidade de uma ação judicial formal.


Essa audiência busca promover um diálogo entre as partes e é conduzida por um terceiro imparcial – geralmente um juiz ou um conciliador – que facilita a negociação.


Os principais benefícios desse tipo de procedimento são:


  • Maior flexibilidade nas soluções

  • Redução dos custos de um processo judicial completo


Caso as partes cheguem a um acordo, este é formalizado e homologado pelo juiz, tornando-se um título executivo judicial. Caso contrário, o processo segue o trâmite judicial regular.






Como funciona uma audiência de conciliação


O primeiro passo para a audiência é sempre a convocação das partes. Com a audiência devidamente marcada, ela segue o seguinte fluxo:



Início da audiência


A audiência é aberta com uma explicação do seu objetivo e das regras que serão seguidas.

O juiz ou conciliador se apresenta e esclarece seu papel de facilitador do diálogo entre as partes.



Exposição das posições


Cada parte é convidada a expor sua versão dos fatos e suas pretensões de forma breve e objetiva. O juiz ou conciliador pode fazer perguntas para entender melhor o conflito.



Negociação assistida


Com base nas exposições, o juiz ou conciliador auxilia as partes a identificarem possíveis soluções e a chegarem a um acordo. Ele pode sugerir alternativas, fazer questionamentos e promover o diálogo construtivo.



Formalização do acordo


Caso as partes cheguem a um consenso, o acordo é formalizado por escrito e homologado pelo juiz. O acordo torna-se um título executivo judicial, com força de sentença.



Encerramento sem acordo


Caso não haja possibilidade de acordo, a audiência é encerrada, e o processo segue seu trâmite regular na Justiça.






Qual é o trabalho do conciliador nessa audiência


“Ok, entendi como funciona o processo da audiência de conciliação. Mas o que o conciliador faz?”


A atuação do conciliador é fundamental antes, durante e depois da audiência. A primeira grande responsabilidade do conciliador é justamente preparar o cliente, explicando os benefícios da conciliação e as consequências da falta de acordo.


Já na audiência, é o conciliador que expõe os interesses do representado no momento de exposição de posições, sempre de forma clara e objetiva.


Após a exposição, logicamente, vem a negociação. Aqui o conciliador deve estar preparado para apresentar propostas, fazendo concessões razoáveis e buscando o acordo mais benéfico possível para o seu cliente.


Caso as partes cheguem a um acordo, o advogado conciliador auxilia na redação do termo de conciliação, assegurando que todas as cláusulas estejam claras e de acordo com o entendimento do seu cliente.


Caso não haja acordo, o conciliador deve orientar o seu cliente sobre os próximos passos para seguir com o processo judicial completo.






Não comparecimento na audiência de conciliação


“E o que acontece se o meu cliente não comparecer à audiência de conciliação?”


Caso você seja a parte autora (que iniciou o processo), a sua ausência pode levar à extinção do processo sem julgamento do mérito.


Se você for a parte requerida (acionada), a sua falta pode resultar em revelia, ou seja, a aceitação das alegações da outra parte. Nesse caso, o não comparecimento também prejudica o cliente no processo judicial completo.


Dependendo da legislação e do entendimento do juiz, a sua ausência injustificada pode ainda acarretar a aplicação de multa ou outra sanção processual.


Não sabe o que é uma sanção? Já falamos sobre isso por aqui! Confira o post completo.


Obs: é importante destacar que, em algumas situações, o não comparecimento pode ser justificado por motivos legítimos, como doença ou impossibilidade de deslocamento. Nesse caso, é fundamental que você e seu cliente apresentem a devida comprovação e solicitem o reagendamento da audiência.






O que acontece depois da audiência de conciliação?


Caso as partes cheguem a um acordo durante a audiência, este será formalizado em um termo de conciliação:


  • O termo de conciliação é homologado pelo juiz, tornando-se um título executivo judicial, com força de sentença.

  • Isso significa que o acordo é considerado uma sentença e pode ser executado caso uma das partes não cumpra com o que foi combinado.




É possível que as partes cheguem a um acordo apenas sobre alguns pontos do conflito, deixando outros pendentes:


  • Nesse caso, o acordo parcial é formalizado, e o restante do processo segue seu trâmite regular.




Caso as partes não consigam chegar a um consenso durante a audiência de conciliação, o processo prosseguirá com a fase de instrução e julgamento:


  • Nessa situação, a audiência de conciliação terá servido para tentar a resolução amigável, mas não obteve sucesso.

  • Segue-se então o trâmite judicial tradicional.




Em alguns casos, o juiz pode suspender o andamento do processo por um determinado período para que as partes continuem negociando fora da audiência.


Essa suspensão tem o objetivo de dar mais tempo para que as partes cheguem a um acordo.






Como se tornar um conciliador


A atuação como conciliador está constantemente em ascensão por dois importantes motivos:


  • Não é exigida a inscrição na OAB para atuar como conciliador;

  • As conciliações são cada vez mais incentivadas, uma vez que reduzem a quantidade de processos judiciais – e, consequentemente, também reduzem custos.



Se você tem interesse em atuar na conciliação e não sabe por onde começar, papel e caneta na mão para anotar o passo a passo:



  1. Conhecimento jurídico na área


Embora não seja necessária a OAB para atuar como conciliador, é fundamental que você tenha capacitação no processo da conciliação e nas principais áreas do Direito.


Para isso, confira na plataforma:





2. Habilidades profissionais fundamentais


Como você acompanhou, a conciliação exige muito mais que o conhecimento jurídico do conciliador: é preciso ter fortes habilidades de comunicação, persuasão, negociação e tantas outras.


Para isso, confira na plataforma:





3. Credenciamento


Além da capacitação, os conciliadores devem ser credenciados junto aos tribunais ou instituições que os indicarão para atuar nas audiências de conciliação.


Esse credenciamento serve para comprovar a qualificação do conciliador e sua aptidão para exercer essa função.






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