Reconhecimento de união estável pós-morte: O que muda nos seus direitos?
- Septem Capulus
- há 3 dias
- 3 min de leitura
Se você é advogado e tem interesse em atuar no Direito de Família mas procura um nicho específico e rentável, se liga nessa possibilidade: o reconhecimento de união estável pós-morte impacta diretamente heranças, pensões e até partilhas que já estavam acontecendo — podendo movimentar altos valores.
No post de hoje, a #SeptemExplica como funciona essa ação, o que a justiça exige para a comprovação e como você pode atuar na área:

ÍNDICE
O que é a união estável pós-morte?
A união estável é reconhecida como uma entidade familiar no Brasil, ou seja, tem proteção legal mesmo sem casamento formal. Quando o parceiro falece, ainda é possível pedir esse reconhecimento judicialmente.
O nome pode soar estranho, mas é exatamente isso: provar para a Justiça que havia uma união estável mesmo que ela nunca tenha sido registrada em cartório.
Quando é possível reconhecer a união?
O reconhecimento pós-morte pode ser feito sempre que houver evidências claras de que existia uma vida em comum com características de união estável:
convivência duradoura e pública;
relação afetiva e com intenção de constituir família;
dependência econômica ou vida financeira compartilhada.
É comum esse tipo de ação surgir quando o parceiro sobrevivente é excluído da partilha de bens ou da pensão por falta de um registro formal da união.
Como comprovar a união estável depois da morte?
A Justiça analisa provas documentais e testemunhais. Não basta dizer que morava junto, é preciso mostrar essa convivência de forma objetiva.
Entre as principais provas estão:
fotos e mensagens trocadas;
contas bancárias ou imóveis em conjunto;
declaração de imposto de renda;
testemunhas próximas (amigos, vizinhos, familiares);
certidões de nascimento dos filhos (se houver).
Cada detalhe importa, e a atuação do advogado é essencial para organizar esse quebra-cabeça.
Quais os direitos envolvidos?
O reconhecimento da união estável pós-morte pode garantir:
direito à herança;
recebimento de pensão por morte do INSS;
participação na partilha de bens;
indenizações por morte ou acidentes.
É uma questão de justiça: garantir que o companheiro ou companheira sobrevivente não fique desamparado só porque a união não estava no papel.
Como atuar com esses casos no Direito?
Se você advoga na área de família ou sucessões, esse tema é uma porta de entrada para atuar com causas sensíveis, mas também muito estratégicas.
Algumas dicas para atuação:
Oriente seus clientes sobre a importância da documentação, mesmo em vida;
Aja rápido: quanto antes o reconhecimento for pedido, menos conflitos surgem;
Esteja atento às decisões atualizadas do STJ e dos Tribunais Estaduais sobre o tema.
O segredo está em construir um bom dossiê probatório e conduzir a ação com foco na reparação de direitos e não só em argumentos emocionais.

Aprenda a atuar na área
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